sábado, 26 de novembro de 2011

Estória de uma banda de forró

Aí o cantor, animado, gritou pro sanfoneiro "simbora fi de rapariga". O cara se embucetou, tascou-lhe a sanfona na cabeça, gritando que "filho de rapariga" era ele, que ele não falasse de sua mãe.
O baterista saiu em defesa do cantor, deu um soco no sanfoneiro e logo foi acertado pelo guitarrista bombado que o chamava de ladrão.
A festa só acabou quando o bêbado que estava assistindo sozinho ao show saltou da plateia, apartando o balaio de gato com garrafadas nas cabeças dos integrantes.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Quem entende!!!

Foi as lágrimas, ferido
Por ter sido abandonado;
Magoado, entristecido
Esquecido.... enxotado .

La na Ilha

la na ilha
tem mar,
tem agua,
tem comida,




ao redor

la na ilha
tem pedra,
tem caverna,
tem montanhas,
ao centro

la na ilha
tem vento,
tem tormenta,
tem tempestade,




em volta

la na ilha
não tem ninguem ...

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Adote você também


Esse eu adotei por hoje e todas as vezes que eu fui tomar água (e não foram poucas) eu o levei comigo. Eu sei que não posso mudar o mundo, mas minha parte eu posso fazer.

;)

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

A três


Eu, você, nós, sozinhos
Três patetas perdidos em um ninho
Rabisco e as letras
Me levam a caminhos que nunca passeei

O mar, o lar, o ar
Essas essencialidades imperceptíveis, imprescindíveis.
Versos, lasanhas, chocolate de amargar.
Trivialidades difíceis de se juntar
Junto e faço delas o meu arsenal
Meu punhado de existência,
Meu samba, meu verso,
Meu eu, meu seu.
Meus nós...

Esse meu, que é tão seu quanto nosso.
Nos fala, nos diz a que veio e tão logo se vai.
E nesse curto momento que revisito fotos antigas.
Percebo que tempos bons não voltam mais,
Roubando nossa fé e a velha paz.

Enfim me debruço emudecido
E ouço o som,
Ele me basta...
Nos basta. Basta de clamares, o tempo não volta.
Voltemos ao princípio para ver como tudo terminou.


Charles Marques; Leonardo Figueiredo; Pablo Vieira

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Brincando de Pasquale

Eu sei, ainda não sou imortal da Academia Brasileira de Letras, mas agora já sou pós graduando em Direito Constitucional e me sinto no direito de fazer um neologismo  - ia até falar "criar um neologismo", mas ouvi falar que era redundância - aqui pra vocês. Esse parágrafo saiu meio pretensioso, não?


Ok? Estão prontos?

PROVERIZAR

Sim, PRO-VE-RI-ZAR.

Vejam bem: não é pulverizar - borrifar inseticidas.

Proverizar é algo como prover, promover, agilizar algo.

Aprenderam? Utilizemos, pois.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011


Ei-lo novamente a fumar zombeteiro, como se o fumo encerrasse todo o cinismo. Tento aproximar-me, atingi-lo com meus pulmões, como se a assepsia fosse tal como um câncer em sua consciência. Ledo engano o meu... 

São meus pulmões que enegrecem, degeneram-se tal como esponjas mofadas. A nublada figura ri de soslaio, sabe que me prende, sabe que me tem. Olho-o nos olhos e lambo suas retinas, tento roubar-lhe a postura e a frieza de pilar. Sou da figura o sustento, suas pernas de granito, eu sei. 

- texto não findo - como tantos...

J. Nagao

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Oh!

Admiro quem, por curiosidade ou tédio, da centopéia contou as pernas.

J. Nagao

Mais uma manhã

Vejo a sombra do ônibus se projetando nas ruas por onde passa. A calçada boceja um bueiro escancarado, eu bocejo tapando a boca com a mão. Subo a ladeira dos gatos pretos olhando as nuvens e seus formatos, ouvindo o alheamento do fone de ouvido. O sol é morno, o vento é fresco e eu canto...

J. Nagao

O gato

Da sombra da parede surge um gato.
Ele caminha retilíneo pelos degraus de luz e sua ausência.
Alça-se, unhas e mistério, ao patamar obliquo de meus pensamentos.
Em meus olhos suas pupilas se dilatam, engolindo a realidade.
Vês como a cauda é tal como pêndulo de relógio?
O gato agora é o espaço, estende-se sobre tudo no alongar de seu corpo.
O universo agora é de veludo negro...

J. Nagao

terça-feira, 26 de julho de 2011

Amém

Minha avó (que Deus a tenha) dizia que eu sou católico. E eu como sempre fui obediente não dizia não. Mas veja bem, nunca vou à igreja e quando vou não sei como agir. É um senta-levanta que num tem fim, não sei a hora nem o que cantar, rezar eu sei algumas coisas porque estudei em escola de freira.
Fico pensando: e se eu me ajoelhasse em hora que não devo, dissesse amém em hora que não devo? As beatas de plantão que me servem nesse momento. O que faço? Imito-as.
Elas que me perdoem, mas isso não é pra mim. Não, não é que eu não acredite em Deus, eu acredito, mas não suporto as igrejas e todo seu fervor. Eles brigam pelas suas denominações, como se o Deus deles fosse melhor do que o Deus do outro, chegou ao cúmulo de uma denominação fazer uma festa em sua sede para "atrapalhar" a festa de outra.
Tudo bem gente, como dizem, religião, política e futebol não se discute, cada um com seu cada qual.

Só pra não esquecer: aí deeentro bando de bitolado!!!

Oops, aleluia, amém para todos.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Dia de que?

Disseram-me que hora é dia do amigo, eu acreditei e até comecei a refletir. Que já tive e tenho amigos de todas as formas. Daqueles que estão com você só quando você está com condiçõe$, dos que tem outras intençõeS2. Pensei também nuns amigos meteoro que temos, desses que conhecemos e passamos a ter uma amizade tão intensa que é como se os conhecesse desde o berçário, mas logo somem como se nunca tivessem te visto, ou então te cumprimentam com um simples “oi”.
Lembrei também que recentemente um cometa desses passou na minha vida, hoje não tenho contato nem de longe, nem sei se vive ou não.
Ok, ok, eu paro, você não está com paciência de ler nostalgias de um cara solitário, nem eu to com saco de escrever mais.

Boa noite, obrigado.

Ah, feliz dia do amigo... aos que forem.

sábado, 9 de julho de 2011

Volta?

Vim pra dizer que não vinha.


Falei que não ia dizer nada.


Voltei pra dizer que aqui não é o meu lugar


Lugar não é em canto algum


Nem em mim, nem em você, 

 

Nem mesmo neste recanto amassado e cheio de casas de aranha.


Arranha a minha garganta


Amassa-me e venha se deitar comigo


Volta!

Há coisas

Há tanto quero te escrever
Tenho-te na palma da minha mão e não sei o que fazer
Venho com calma no portão e não sei o que dizer.
Suas mãos, minhas mãos.

Ásperas, suaves, massageiam-me, mas não me tocam
Não me envolvo pelo abismo que se forma em nós
Mas o medo de ficar só me apavora,
Vou ao espetáculo de dança.

A poesia me desperta pra poesia
A poesia me desperta pra poesia
A dor me desperta pra música e à poesia
Música me remete a tantas coisas.


Charles Marques
09/07/11 23:26 às 00:05

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Mega Chato

Todo mundo sabe que eu sou viciado em TV, sempre que posso estou a assistir. Principalmente nas noites de sábado, no interior, segurando uma raquete (equipamento no formato de raquete que mata insetos eletrocutados, para os que não sabem).
O foda é que não há o que assistir depois da milésima reprise do programa da MTV, o que me resta é assistir Mega Senha, na RedeTV! Eu é que não vou assistir Melhor (?) do Brasil, Zorra Total (Eca, com “E” maiúsculo), ou pior: Legendários. Voltando: me resta assistir Mega Senha, que por si só (apesar de ser meio que uma mistura mal feita de Show do Milhão e Topa ou não Topa) é legal.
O que ninguém aguenta é a porra do apresentador, vai ser chato assim na casa da Luciana Gimenez, que é burra e te merece. O cara consegue transformar um programa legal em uma coisa enfadonha, chata. Bom mesmo é para a fábrica de pilhas, sim, pois fico com a raquete em uma mão e o controle em outra, esperando o tal do Marcelo falar, para baixar o som.
Sim, eu sei. Eu tô ligado, que o cara é o dono da RedeTV! e é casado com Luciana Burrimenez, mas isso não o faz deixar de ser o chato-mor da TV brasileira.
Por isso peço a quem está a ler esse humilde blog, peço encarecidamente que compre a RedeTV e passe, você, a apresentar o Mega Senha. Por mais desvairado que você seja, vai falar menos bosta que o cara lá. Obrigado, boa noite.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Vai uma unhazinha aí?


Não, não obrigado, estou parando.
Agora eu percebo que eu não sei cortar as unhas (nem fazer quase nada) com a mão esquerda. Como é que eu percebi aos 22 anos? Cara, eu sou roedor de unha assumido desde que tenho unha e dente. O lance é que estou parando agora e ao ver as unhas crescendo e me dando agonia (e vontade de roer) tenho que cortar o quanto antes, aí já viu né? Minhas unhas estão um desastre, mas pelo menos não estão roídas nem as pessoas me vêem com os dedos na boca, uma atitude julgada como infantil e insegura.

E tenho dito.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Mim sobre mim


Há muito que aprender sobre mim, coisas que ainda não entendo, apesar do tempo passar tão depressa e de me sentir tão velho. Coisas que eu entendo e talvez esteja errado. Coisas que se conflitam e me deixam ser o ser confuso que sou. Coisas que eu preciso aprender e reaprender a lidar.
Agora, por exemplo, a solidão já não me é tão prejudicial como era antes. Olhe o nível do reconhecimento, estou me reconhecendo um ser DEPENDENTE. Sim, sou dependente por demais, preciso que as pessoas estejam do meu lado, me ouvindo, me falando, me cuidando, me dando cuidado. Talvez eu seja egocêntrico, mas isso ainda não descobri se sou.
Essa minha falta de entendimento me deixa impaciente porque já passo dos 20 anos e há tantas coisas que eu já podia ter aprendido com ruindades que me aconteceram, mas não, eu ainda continuo a mesma criança tola, ingênua, atenciosa e carente de sempre. Certas coisas nunca mudam. Será?
                Meus vícios me rondam como mosquitos às lâmpadas. Celular parece que virou uma parte do meu corpo, uma extensão da minha mão. Eu sei que isso é péssimo pra mim, mas pergunta se é fácil ao fumante parar de fumar. Sim, eu queria não precisar de celulares, quebrá-los, não os ter. Ao contrário, compro um novo e fico ansioso pela sua chegada.
                As redes sociais também são perigosas e viciantes, principalmente as instantâneas, não consigo deixá-las em paz, ou elas não me deixam. Não, eu não as deixo, já que elas não me pedem para ficar. Tantos e quantos perfis bem atualizados, com coisas superficiais que não interessam nem a mim, nem a quem eventualmente lê, se lê.
               
Tô com uma puta dor no meu pé esquerdo e não sei o que é, nem de onde veio.

                O sexo, esse eu não sei se posso considerar vício. Não, nem é. Mas é bom. Principalmente na estabilidade de um relacionamento, coisa me causa abstinência (não seria uma palavra muito forte? Ah, foda-se. Ou não, no caso). É sério, não ria. Não é com vocês não, é com a voz que fica na minha cabeça, o que chamam de contra-senso. Eu não sou louco (eu acho), mas tem uma voz (e é a minha mesmo) que fala comigo e eu a ouço zombar dos meus atos e do que minha boca (ou meus dedos) falou.
                Mudemos de assunto, to vermelho. Que legal que eu aproveite essa noite de domingo sozinho em casa para estar comigo mesmo, sem televisão, internet, rádio, celulares, amigos, sexos, livros. Não sei se é por causa do estranhamento que eu estou sentindo (estou acostumado a ter muitas pessoas aqui no domingo, falando que já não agüenta Faustão ou comentando do Fantástico), hoje sou eu, a música clássica, o incenso de canela e o Word (meu santo corretor de erros).
                Puta merda, será que eu nunca vou parar de roer unha? Não há coisa mais chata, mas eu NÃO CONSIGO PARAR! Eu e meus vícios. Se existe vidas passadas eu fui um rato ou qualquer outro roedor.
                “Para de escrever baboseiras que ninguém precisa saber de você e se concentra no mestrado, se é isso mesmo o que tu sonhas”. A minha voz mental repete enquanto a outra vai tecendo coisas sobre mim que eu mesmo vou conhecendo, junto a você que está lendo. Porra, até a auto-reflexão eu tenho que fazer com mais alguém (“que alguém? Essa porra ninguém lê mesmo” a outra voz pensa. Que ótimo”). Sou mesmo são?
O engraçado é que o tempo passa e sempre há mais perguntas do que respostas para mim e eu sempre me acomodo com a falta de respostas. Como eu sou acomodado, isso me dá nos nervos. Quem acompanha minhas escritas a mais tempo sabe que mais pergunto que respondo.
Tá bom, já chega. Consegui ter mais sono do que vontade de permanecer acordado, já não preciso me expor tanto assim. Vou dormir, boa noite.

Porra, termino ao som da Marcha Fúnebre, do Chopin =S
Na verdade nem sei se quero parar de escrever. Logo agora que eu ia falar de como estou sem inspiração para escrever e que esse problema nem é atual. Logo agora que eu ia falar do amor inacabado, do relacionamento rompido, das saudades eternas. Enfim, mesmo sendo uma pessoa tão indecisa, eu estou decidido a ir. Boa noite.
PS: Se você conseguir me entender, por favor, me explica de forma mais simples pra eu entender também, ok?

Vi(r)ver

A poesia retorna, Ela nunca se vai, Nossa alma que se esvai A vida escorre pelos dedos Enquanto te/me perco. Viver cansa Te ver dói D...