sábado, 28 de março de 2009

Chorar


O sistema límbico, parte do cérebro responsável pelos sentimentos, associa um estímulo emotivo com aqueles que já temos guardados, gerando algumas respostas, sendo que uma delas é o choro. Depois disso, várias substâncias envolvidas no processamento das emoções, como noradrenalina e serotonina, são liberadas. Através do sistema nervoso independente (responsável por ações como piscar dos olhos) que causarão a contração da glândula lacrimal, liberando a lágrima.
Segundo o dicionário chorar significa: Deplorar, prantear; sentir profunda saudade ou desgosto pela perda, falta ou ausência de; arrepender-se de; derramar lágrimas; lastimar-se; manifestar dor; ter som análogo à voz dos que pranteiam; sentir grande penar ou desgosto; lastimar-se; queixar-se dos próprios males.
Tem gente que chora por tudo: quando está triste, chora quando está feliz, quando vê um filme que o emociona, quando tem um susto, tudo é motivo pra chorar. Nesse sentido há pesquisas que falam que chorar faz bem aos olhos, pois os lubrifica e evita doenças como catarata, por exemplo. Outras pesquisas dizem que alivia o sofrimento. A contramão de todas essas pesquisas existe uma que fala que o choro não resolve nada. Segundo essa última pesquisa esses fenômenos neurológicos e endocrinológicos são relacionados ao instinto de defesa do ser humano. Pode-se dizer que há alguns tipos de choro: o resultante de algum tipo de emoção espontânea ou simulada e o intermitente ou persistente, que pode surgir sem motivo e indica uma possível doença como depressão, por exemplo. Mas que não serve para melhorar em nada nossos sentimentos, nem os piorar, apenas existem por necessidade, como o suor.
Chorar, ao contrário do que diz muitas sociedades machistas (inclusive a nossa), chorar não é coisa só de mulher. Homem também chora!! Alguns morrem de vergonha de chorar na frente de alguém, outros morrem de vergonha de assumir que choram, outros são desprendido de preconceitos: “Não choro frequentemente, nem tenho vergonha de chorar na frente de outras pessoas, mas quando isso acontece, geralmente é porque estou muito triste ou quando estou arrependido de algo e esse ato (de chorar) – sem dúvida – independe de sexo”, afirma Carlos Lacerda, 22, universitário.
Na música, o choro, é muito apreciado em barzinhos e nos chamados nos locais “cult”. São bandas instrumentais, com flauta, bandolim e cavaquinho, violões e até pandeiro e é considerada a primeira música popular urbana típica do Brasil, surgiu provavelmente em meados de 1870, no Rio de Janeiro e, ao contrário do que sugere a intitulação, é alegre e prazeroso de ouvir.
Não importa qual seja o motivo do choro, nem quais são as conseqüências, o importante é que não se tenha vergonha de fazê-lo, pois que é algo inerente ao homem, enquanto ser sentimental. Que seja de alegria, de preferência, mas se não for que tenha sempre alguém para consolar.

Nasci para chorar
Composição: Dion di Mucci/Erasmo Carlos
Cássia Eller - Nasci para chorar
Eu levo a minha vida chorando pelo mundo
Talvez até tivesse algum desgosto profundo
Procuro na memória, procuro me lembrar
Mas eu não posso
Nasci para chorar
(...)
E ainda continuo a felicidade procurando
Mas sempre solidão e a tristeza encontrando
Às vezes desconfio que a alegria é ilusão
E que o amor, não entra no meu coração


Mais sobre o tema:
Wikipedia;
G1;
A hitória do Chorinho

segunda-feira, 9 de março de 2009

(Má) Educação


O Ministério da Educação brasileiro adota o sistema de progressão continuada para os alunos que reprovariam em matérias nas escolas públicas do Brasil.
Por esse sistema o aluno não mais reprova da forma que o faria antes. Se preferir ele pode optar por fazer avaliações periódicas daquela disciplina até conseguir atingir a média exigida – 6,0 no Rio Grande do Norte – caso contrário ele, o aluno, fica obrigado a prestar essa prova no período seguinte. Se, mesmo assim, o aluno não conseguir a média – aí sim – repetirá aquele ano letivo.
Ao ver de muitos educadores, pais e até mesmo alunos essa é uma forma de reduzir os gastos com a educação pública no Brasil, já que aquele aluno que iria passar pelo menos mais um ano dentro da sala de aula, com todos os gastos para o governo. Na opinião da universitária Adriana Medeiros o governo “tem menos gastos nas instituições públicas (a escola) adiantando a vida escolar do jovem para, desse modo, ter mão-de-obra mais cedo no mercado”. E não só isso, muitas vezes esse aluno é ‘problemático’ dentro da sala de aula, e é uma forma de se livrar dele.
O que se precisa verificar é se esse sistema é eficaz. Não quanto ao tempo em que o aluno fica ‘preso’ à escola, mas o que ele aprendeu de verdade, em quê aquilo será útil no seu dia-a-dia e, principalmente profissional.
De que adianta, por exemplo, um menino dizer que está na quarta série se sua cabeça e aprendizados – imaturos – ainda estão na terceira ou segunda? Foi o que aconteceu em Jundiaí–SP:
“Os pais de um aluno da quarta série do ensino fundamental de uma escola municipal de Jundiaí – SP foram à Justiça pedir sua reprovação. Eles alegam que o aluno recebeu um aprendizado precário e não poderia ser aprovado, como prevê o sistema de progressão continuada.” Reportagem da Folha de São Paulo, 03/10/2007.


Caso extremo como esse pode não ser isolado, mas há quem diga que é um sistema eficaz, que é bom para que o aluno não necessite ficar “repetindo, repetindo, repetindo, como num disco riscado”, até que desista e não mais conclua os estudos, tendo prejuízos profissionais muito maiores.
A maioria dos jovens brasileiros não reclama. Estes preferem passar de qualquer forma a terem de repetir o ano. Isso porque vivemos num país de terceiro mundo que ainda não prioriza a educação como sendo um investimento deveras importante para o desenvolvimento dos demais seguimentos. Nessa disciplina o país está em dependência – ou melhor – progressão continuada.

Vi(r)ver

A poesia retorna, Ela nunca se vai, Nossa alma que se esvai A vida escorre pelos dedos Enquanto te/me perco. Viver cansa Te ver dói D...