sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Tio Café


Cara, ser professor é muito complicado. Você está lidando, ali, com um monte de vida. Você sabe que pode formar um monte de profissional e que isso tudo só depende de você, pois nada ele será se não tiver conhecimento na sua matéria. Isso eu venho me dar conta conversando no MSN com um aluno que reprovou por décimos.

Como é complicado avaliar alguém, mais complicado do que a si mesmo. Não dá pra saber qual o problema aquele aluno tem passado para não ter chegado aos pontos necessários, sem falar nos “caô” deles e dos que relaxam mesmo e ainda querem ter razão.

Aí surge a pergunta: devemos deixar um aluno ser aprovado mesmo que não tenha atingido a média (por pouco), para não atrasá-lo? Devemos reprová-lo e correr o risco desse aluno se desestimular e não mais querer estudar? (No caso do supramencionado aluno acontece a segunda hipótese).

São dúvidas que devem surgir na cabeça daqueles professores que, como eu, são mais ligados à emoção do que à razão. Talvez uma licenciatura me ensinasse a agir de forma mais técnica e menos emocional ou aleatória.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

CLOSER



(...)
Dan
: Eu te amo!
Alice: Onde?
Dan: O que?
Alice: Me mostre, onde está esse amor? eu não vejo, não posso tocar, não sinto!
Alice: Eu posso ouvir, eu escuto algumas palavras, mas eu não posso fazer nada com suas palavras fáceis! O que você disse, é tarde de mais..

Dan: Eu odeio te machucar!
Alice: Então porque você me mágoa?

Dan: Porque eu sou egoísta...

(...)




Lindo, esse filme. Recomendo para o fim de semana. Para os que, como eu, não vão ao carnatal (e pros que nem sabem o que é isso tb).

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Los Abrazos Rotos - Almodóvar


Sinopse: Há 14 anos, o cineasta Mateo Blanco (Lluís Homar) sofreu um trágico acidente de carro, no qual perdeu simultaneamente a visão e sua grande paixão, Lena (Penélope Cruz). Sofrendo aparentemente de perda de memória, abandonou sua posição de cineasta e preservou apenas seu lado de escritor, cujo pseudônimo é Harry Caine. Um dia Diego (Tamar Novas), filho de sua antiga e fiel diretora de produção, sofre um acidente, e Harry vai em seu socorro. Quando o jovem indaga Harry sobre seus dias de cineasta, o amargurado homem revela se lembrar de detalhes marcantes de sua vida e do acidente.

Trailer:



Críticas:
"(...)O que não vemos é a reviravolta da trama, os temas polêmicos, a delicadeza nos diálogos difíceis. Abraços Partidos foge do 'padrão Almodóvar' e isso me deixou chocada. Imaginei cenas que não aconteceram, inventei, na minha cabeça, um roteiro que não existia. Quando acabou, pensei: "é isso?". Pois é, é isso sim, Almodóvar colocou à prova todos os seus fãs. É um filme sobre filmes, repleto de referências cinematográficas - finalmente alguém colocou Penélope à imagem e semelhança de Audrey Hepburn (sempre achei incrível a semelhança das duas) - e não um filme sobre o ser humano cheio de defeitos que ele nos ensinou a admirar."
Cine Pop



"'É um prazer' ver esse filme, disse Byrne, que não considera que 'Los abrazos rotos' chegue a ter o estardalhaço que teve 'Volver', se bem que 'Amodóvar retomará seu status como diretor europeu para o enorme público interessado pelo cinema de arte'".
O Globo


segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A gente se acostuma

Sempre que eu venho aqui pro interior eu fico pensando “mas e aí, como seria minha vida se eu não tivesse saído? Se eu não tivesse ido estudar fora?” de uma coisa eu sei: minha vida teria sido totalmente diferente. Eu sei que eu não estaria me formando, não saberia outro idioma, não teria os empregos que eu tenho e não conheceria um terço das pessoas que conheço.

Aqui minha vida se limitaria a trabalhar no comércio do meu pai, quem sabe até teria um emprego na prefeitura se meu candidato ganhasse. Minha diversão seria ir pras vaquejadas da região ou apenas beber com meus amigos que são sustentados pelos pais/avós até eles morrerem. Namorar aquela boyzinha que julgar bonita ou engravidar aquela sem querer querendo.

Nem tô dizendo que uma vida é melhor que outra, só pensando que uma decisão pode mudar a vida de uma pessoa. E se meus pais não tivessem tomado essa decisão? Talvez minha vida fosse essa e eu a achasse ótima e não quisesse sair dela, porque aquele seria meu mundo. O ser humano se acostuma com o meio em que vive.

sábado, 17 de outubro de 2009

Feliz por estar estressado

Depois de mais uma desilusão – com história que nem vem ao caso – decidi preencher meu tempo e minha cabeça o máximo possível. Já estagiava de manhã e fazia faculdade à tarde, mas decidi entrar no teatro, pois era algo que eu sempre tive vontade, mas protelava porque as reuniões e ensaios eram aos sábados à tarde (pouco antes d’eu viajar pro interior, pra casa dos meus pais). Foi uma das melhores coisas que fiz, lá conheci pessoas super simpáticas, sempre acolhedoras. Lá estou aprendendo a me expressar melhor, corrigir postura, exercícios vocais e de memorização. Com eles já me apresentei algumas vezes no teatro mais famoso do estado. Já viajei ao interior para me apresentar junto a eles, entre outros momentos inesquecíveis, que pretendo continuar tendo.


Sabe aquela matéria da escola que sempre foi o seu calo? Processo Civil é a matemática da minha vida. Por isso mesmo entrei num curso extensivo (aos sábados pela manhã) para reforçar o que eu já sabia sobre o assunto e aprender o que não entrava nem a poder de cacete na minha cabeça. Um daqueles cursos Tabajara, o professor vai um dia e vinte não, coisas grátis...


OK... já estou com os dias e as tardes da semana ocupados até aos sábados, mas falta a noite para pensar e fazer besteira. Então está na hora de aceitar o convite para dar aulas ao ensino médio daquela cidade a 120 km de onde eu moro. O pró é que eu tenho que sair correndo da faculdade pra pegar o carro às 17h30m, pra ensinar no sítio daquele referido município e depois voltar, chegando às 00h30m em casa. Afff... Tudo bem, o “serumano” se acostuma com tudo. Até mesmo a ficar sozinho diante de um monte de aluno que estão ali para ouvir o que você tem a dizer: “eles dependem de você”, penso quando olho para cada um de cerca de 400 alunos.


Não posso esquecer-me dos meus queridinhos do trabalho voluntário. Em algum domingo do mês estamos lá no orfanato e abrigo de idosos para passar uma tarde descontraída com pessoas que tem mais pra nos ensinar do que nós a eles. Grupo CTI do Riso: um ano já, de muitas histórias pra contar.


Tá, eu sei que estou atarefado, mas eu tinha que entrar na comissão de formatura. Eu sei que é muito estresse e pouca ou nenhuma recompensa, mas eu tinha que fazer isso para garantir que vai dar certo ou ver de perto porque não deu, entende?

Domingo é pra trabalhar com os pais. Dia livre é a quarta-feira à noite. Uma noite pra preparar aulas, fazer trabalhos da faculdade, monografia, rever os amigos e paquerar(rs). Falta só eu ter coragem de entrar numa academia e voltar pra natação.

Corrido meu tempo, eu sei, mas tô me sentindo tão bem por ser útil, por não estar dependendo de ninguém pra ser feliz. Eu estou feliz.


Quantas horas tem seu dia?

domingo, 27 de setembro de 2009

Eu e minha boca.


Eis um mal em minha vida: Falo demais. Não tem jeito. Falo o que devo e o que não devo.
Falo sem pensar. Eu falo, começo a pensar e..... paro no meio do caminho.

Quero falar só o necessário.

domingo, 13 de setembro de 2009

Brigadeiro Amargo

Oi. Cá estou eu a começar minhas atividades neste blog meio doido.

E para começar vou dar uma receita de um brigadeiro um pouco diferente que provei agora à pouco na casa de Furukinha, que sempre me recebe na casa dela com muitas guloseimas. (hum...)

Acho que eh por isso que nunca me acanhei em ir visitá-la! hehehe

A receita que passo a vocês hoje foi pesquisada, porém ainda não testada... Pretendo fazê-lo esta semana ainda, se não for boa aviso e tento outra!

Brigadeiro de Caféredientes

- 1 lata de leite condensado
- 1 / 3 de xícara (chá) de café forte
- 1 colher (sopa) de chocolate em pó
- 1 colher (sopa) de margarina
- Açúcar cristal ou coco ralado para cobrir os docinhos

Modo de Preparo

Misture o leite condensado com o café, o chocolate em pó e a margarina. Cozinhe em fogo médio até soltar do fundo da panela e das laterais da panela. Despejar em um prato untado. Enrole depois de frio e passe no açúcar cristal ou no coco ralado.

Na verdade eu provei enrolado no açúcar, mas se der eu testo o de coco p ver qual eh o melhor.

É só isso...

Espero que gostem desta receita inusitada!

bjus

sábado, 8 de agosto de 2009

Hoje se comemora 40 anos da foto mais famosa do fab-four




Quem nunca quis atravessar a tal famosa faixa da Abbey Road e recriar a tal lendária imagem?

Álbum clássico! Praticamente o último álbum gravado dos Beatles. Seu conteúdo musical é de excelente qualidade, e sua capa? Rá! Constantemente lembrada e imitada por muitos.

Vários fãs atravessam esta emblemática rua que praticamente não mudou muito.
Se for para Londres, não dá para não visita-la. O engraçado é que, como ela é constantemente atravessada pelos fãs, um atropelamento não é incomum. Tem que ver os comentários dos taxistas. Rá!

Ainda não fiz minha peregrinação, mas a célebre rua já está na minha agenda...

Agora é só curtir a música.
E ai, você já fez sua travessia estilo Abbey Road em comemoração?

Keep Crossing...

terça-feira, 28 de julho de 2009

DISLEXIA

O que é?

É uma dificuldade do aprendizado que abrange: leitura, escrita, e soletração, separadas ou juntas. Caracteriza-se por alterações quantitativas e qualitativas, total ou parcialmente irreversíveis. É o distúrbio (ou transtorno) do aprendizado mais freqüentemente identificado na sala de aula. Está relacionado, diretamente, à reprovação escolar, sendo causa de 15 % das reprovações. Em nosso meio, entre alunos das séries iniciais (escolas regulares) têm sido identificados problemas em cerca de 8%. Estima-se que a dislexia atinja 10 a 15 % da população mundial.

Quem pode ser afetado?

A dislexia não é o resultado de má alfabetização, desatenção, desmotivação, condição sócio-econômica ou baixa inteligência. Ela pode atingir igualmente pessoas das raças branca, negra ou amarela, ricas e pobres, famosas ou anônimas, pessoas inteligentes ou aquelas mais limitadas.

Qual a causa?

A dislexia tem sido relacionada a fatores genéticos, acometendo pacientes que tenham familiares com problemas fonológicos, mesmo que não apresentem dislexia. Uma criança que tenha um genitor disléxico apresenta um risco importante de apresentar dislexia, sendo que 23 a 65% delas apresentam o distúrbio.

Sinais indicadores de dislexia:

A dificuldade de ler, escrever e soletrar mostra-se por dificuldades diferentes em cada faixa etária e acadêmica

Dificuldades mais identificadas no Ensino Médio:

  • Podem ter dificuldade em aprender outros idiomas.
  • Leitura vagarosa e com muitos erros
  • Permanência da dificuldade em soletrar palavras mais complexas
  • Dificuldade em planejar e fazer redações
  • Dificuldade para reproduzir histórias
  • Dificuldade nas habilidades de memória
  • Dificuldade de entender conceitos abstratos
  • Dificuldade de prestar atenção em detalhes ou, ao contrário, atenção demasiada a pequenos detalhes
  • Vocabulário empobrecido
  • Criação de subterfúgios para esconder sua dificuldade

Dificuldades mais identificadas no Ensino Superior / Universitário

  • Letra cursiva.
  • Planejamento e organização.
  • Horários (adiantam-se, chegam tarde ou esquecem).
  • Falta do hábito de leitura.
  • Normalmente tem talentos espaciais (engenheiros, arquitetos, artistas).

Diagnóstico

Os sintomas que podem indicar a dislexia, antes de um diagnóstico multidisciplinar, só indicam um distúrbio de aprendizagem, não confirmam a dislexia. Os sintomas podem ser percebidos em casa mesmo antes da criança chegar na escola. Uma vez identificado o problema de rendimento escolar, deve-se procurar ajuda especializada.

Tratamento após o diagnóstico de Dislexia.

Uma vez diagnosticada a dislexia, segundo as particularidades de cada caso, o encaminhamento orientado permite abordagem mais eficaz e mais proveitosa, pois o profissional que assumir o caso não precisará de um tempo para identificação do problema, bem como terá ainda acesso a pareceres importantes.

Tendo conhecimento das causas das dificuldades, do potencial e a individualidade do paciente, o profissional pode utilizar a linha terapêutica que achar mais conveniente para o caso particular. Os resultados devem surgir de forma progressiva.

Em oposição à opinião de muitos se pode afirmar que o disléxico sempre contorna suas dificuldades e acha seu caminho. O disléxico também tem sua própria lógica e responde bem a situações que estejam associadas a vivências concretas.

A harmonia entre o profissional coordenador e o paciente e sua família podem ser decisivos nos resultados. O mecanismo de programação por etapas, somente passando para a seguinte quando a anterior foi devidamente absorvida, retornando às etapas anteriores sempre que necessário, deve ser bem entendido pelo paciente e familiares

Mitos envolvendo a DISLEXIA

1- A dislexia é contagiosa?

Não. Ela é usualmente hereditária.

2- Uma pessoa pode ser medianamente disléxica?

Sim. Ninguém apresenta um quadro com todos os sinais de dislexia.

3- A dislexia é uma doença?

Não. É apenas um distúrbio que possui tratamento.

4- Esse distúrbio desaparece sem alguma interferência?

Não. Quanto antes ela é identificada e são tomadas as medidas de tratamento, maiores podem ser os benefícios do tratamento.

LEIA MAIS NOS SITES PESQUISADOS:
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?657
http://www.portugal-linha.net/arteviver/images/ht10571.gif
http://files.nireblog.com/blogs/dislexia/files/grande-814821-997817.jpg



quarta-feira, 15 de julho de 2009

I can't take my eyes of you

Dúvidas tomam conta de minha mente, não sei o que fazer, quando fazer, por que fazer.
Tenho medo, mas não penso com a mente.

Pensar com o coração um dia tem de levar a gente pra algum lugar.
Que nos leve para o mesmo lugar.


Milton Nascimento & Maria Rita - Tristesse

quarta-feira, 1 de julho de 2009

1º de Julho


Mais uma vez dia primeiro de julho. Mais uma vez sinto essa tristeza bater no meu peito como um animal na fila do abate. Estou a um passo de estar no meu dia, ficar mais velho, e nem por isso me sinto feliz.
Esses dias me sinto triste, ansioso, carente, sei lá mais o que... queria mesmo que já passasse esse quatrodejulho pra entrar logo na idade da EMBRATEL.

Quero falar mais não... me dá um abraço?


Se preocupem não, sábado/domingo fingirei muito bem.
Cassia Eller - 1º de Julho

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Dia dos namorados

Essa data tão falada por aqueles que estão apaixonados foi introduzida em nosso país por um publicitário nos anos 50 e fazia referência ao dia de São Valentino, nos EUA, que por sua vez faz referência ao Dia da Fertilidade em Roma antiga: a Lupercália.

O Valentine’s Day foi assim chamado, pois um bispo romano desafiava as ordens do imperador Claudius II e celebrava casamentos. Ao ser preso ele se apaixonou pela filha do carcereiro, que era cega e, enquanto esperava para ser executado, a moça apaixonada por Valentino voltou a enxergar, considerados por todos, inclusive pela Igreja Católica como um milagre.

Os romanos faziam os festejos no dia 15 de fevereiro, mas apesar disso – e pelo fato do bispo Valentino ter sido executado um dia antes – na Europa e nos Estados Unidos é comemorado no dia 14 de Fevereiro. No Brasil fora escolhida essa data (12/06) – pasmem – exclusivamente para alavancar as vendas no comércio que andava parada nessa época, ou seja, nada mais é do que mais uma data comercial que a gente aprendeu que tem de dar presente, caso você tenha namorado(a) senão você corre o risco de não o ter no dia seguinte, será que essa data tem mesmo algum significado digno pra nós brasileiros ou é mais uma data que o comércio criou para manter-se vendendo? Será que sabemos mesmo o que é o amor ou ele está tão banalizado e inútil que não precisamos dele? Perguntas que não sei responder, deixo a pensar.

terça-feira, 28 de abril de 2009

A minha dor é maior que a sua

O ser humano tem a capacidade de ver um problema, identificar sua possível causa e até conseguir uma solução. Isso é provado pela ciência há muito tempo e ninguém ousa contestar. O que ninguém até hoje consegue explicar é o motivo dos seres humanos oriundos do Brasil conseguirem reclamar tanto acerca de seus próprios problemas.

Experimente falar que está com algum problema a alguma pessoa que você sabe que passa por problemas semelhantes, veja qual sua reação quase que automática, quase sempre falando que entende aquilo que a pessoa está passando e que passa por problemas piores.

É como se encontrasse Jesus e dissesse pra ele “olha, Cara, minha chaga é maior que a sua”. Eu acho que é a forma que o senso comum encontrou de dizer algo confortante, de dizer “ta ruim? Tem gente pior que você”.

Sem contar aqueles desgraçados que utilizam-se da Lei de Morphy e dizem que se “tá ruim pode piorar”. E aí não se sabe qual o pior, aquele que diz que sente muito e até mais ou aquele que diga que sua dor é péssimas, mas que pode (vai) piorar.

Olhando por um lado mais otimista da coisa vemos que o povo brasileiro é um povo muito acolhedor, que realmente se sente comovido com a dor do outro. Difícil é lidar com aqueles que tomam para si a dor alheia e acabam piorando a situação, mesmo que de boa vontade, sem falar naquelas vizinhas fofoqueiras mesmo, aquelas que estão de olhos e ouvidos atentos para captar qualquer erro que a pessoa possa cometer para que “a rua toda possa saber quem é tal pessoa”.

Orlando tem dois filhos e trabalha na mesma fábrica de carros que João, que também tem um casal de filhos e também paga aluguel. Exatamente no mesmo dia eles foram demitidos em virtude da atual crise mundial, ambos se encontraram na saída da fábrica e disseram a mesma coisa “tenho uma péssima notícia”, o outro já responde “fui demitido”, parecem que estão na mesma; parece. “rapaz, tenho dois filhos, esposa e aluguel, como vou pagar isso tudo?”, diz Orlando. “Pior é a minha situação que minha esposa nem trabalha”, já desafia João. “Essa crise me atingiu com força, viu, parece que vou ter que me mudar pra casa da minha sogra”, Orlando pensa estar ganhando o perrengue que se formou. “Pior é meu caso, ‘omi’, minha sogra já está morando comigo e o pior ainda é que ela gasta mais álcool que meu carro que já está com busca e apreensão”. E até agora não se sabe quem ganhou o perrengue pessimista.

Olhando tudo aquilo com uma cara de curioso, Marcus, que também acabara de ser demitido e com aquilo decidiu montar uma fábrica caseira de lenços de papel e começou a vender para esse povo que só fazia chorar e da crise tirou sua fortuna.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Por Quê?


Há poucos dias um amigo me pediu para escrever em seu blog, que por acaso seria este. Acanhadamente aceitei o seu convite e comecei a me preocupar em qual seria o tema que eu trataria nas minhas linhas de pensamento. A princípio pensei em escrever algo sobre minha pesquisa acadêmica, mas depois de terminado o texto achei que não seria algo agradável de se ler em um blog. Então resolvi dissertar sobre algo agradabilíssimo, e por outro lado complicado de ser discutido.

Em um país com tamanha diversidade étnica, como seria possível haver tanto preconceito e descriminação racial e o pior, cultural? Ou seria por esse mesmo motivo que exista tal descriminação? Não falo apenas do preconceito “branco X negro”, que por si só é de grande desgosto, tendo em vista que essas etnias fizeram parte da formação desde Estado Nacional, mas o que particularmente me deixa mais revoltado, é a intolerância cultural, especialmente ao que se trata de religião.

Tenho certeza que todos os que se dispuseram a ler este texto já ouviram a máxima “o seu direito acaba quando inicia o do próximo”, será que já nos esquecemos disso, ou nunca foi realmente compreendido? Eu particularmente demorei a entender, mas o fiz. Quem nunca passou em um a praça pública ou parada de ônibus e se deparou com a desagradável presença de um indivíduo, normalmente do sexo masculino, muito bem trajado de terno e gravata, gritando a plenos pulmões trechos retirados dos Livros Sagrados? Será que somos realmente obrigados a passar por isso?

Semana passada tive a oportunidade de assistir a um documentário intitulado “O Rebeliado”. Esse filme trata de uma pequena biografia de um ex travesti que se converteu à religião evangélica e tornara-se pastor, montando assim sua própria igreja com o intuito de converter homossexuais, prostitutas e marginais à religião. Naturalmente a história da vida do protagonista é muito interessante, mas o que mais me chamou atenção é a quantidade de preconceito que ele transparece para a platéia, não somente contra os homossexuais, mas contra as religiões afro-brasileiras.

Quero deixar claro que não estou aqui com finalidade de fazer apologia a nem uma crença, pelo contrário, sou fiel defensor da idéia de que cada um tem o direito à liberdade de culto e que defenda suas perspectivas, mas não estariam abusando dessa liberdade? Qual a finalidade de forçar uma pessoa a acreditar no que você acredita? Porque punir ou castigar o próximo apenas com a justificativa de não seguir suas ideologias? Claro que esse problema é secular. Foi vivenciado pelos romanos de Constantino, pelos europeus medievais, indígenas americanos (sul-americanos e meso-ameríndios), e vivenciamos hoje, de forma sutil, mas igualmente ofensiva e criminosa.

Que orgulho tem um ser em vestir-se de armamentos e arrancar a vida de transeuntes inocentes por acreditar que sua iniciativa salvará as almas de um dito inferno. O que é o inferno? Quando será que o homem aprenderá a, de fato, respeitar o que é diferente? Ou será natural do homem ser intolerante?

Texto: Ordep The One

Imagem: www.oventilador.org


sábado, 28 de março de 2009

Chorar


O sistema límbico, parte do cérebro responsável pelos sentimentos, associa um estímulo emotivo com aqueles que já temos guardados, gerando algumas respostas, sendo que uma delas é o choro. Depois disso, várias substâncias envolvidas no processamento das emoções, como noradrenalina e serotonina, são liberadas. Através do sistema nervoso independente (responsável por ações como piscar dos olhos) que causarão a contração da glândula lacrimal, liberando a lágrima.
Segundo o dicionário chorar significa: Deplorar, prantear; sentir profunda saudade ou desgosto pela perda, falta ou ausência de; arrepender-se de; derramar lágrimas; lastimar-se; manifestar dor; ter som análogo à voz dos que pranteiam; sentir grande penar ou desgosto; lastimar-se; queixar-se dos próprios males.
Tem gente que chora por tudo: quando está triste, chora quando está feliz, quando vê um filme que o emociona, quando tem um susto, tudo é motivo pra chorar. Nesse sentido há pesquisas que falam que chorar faz bem aos olhos, pois os lubrifica e evita doenças como catarata, por exemplo. Outras pesquisas dizem que alivia o sofrimento. A contramão de todas essas pesquisas existe uma que fala que o choro não resolve nada. Segundo essa última pesquisa esses fenômenos neurológicos e endocrinológicos são relacionados ao instinto de defesa do ser humano. Pode-se dizer que há alguns tipos de choro: o resultante de algum tipo de emoção espontânea ou simulada e o intermitente ou persistente, que pode surgir sem motivo e indica uma possível doença como depressão, por exemplo. Mas que não serve para melhorar em nada nossos sentimentos, nem os piorar, apenas existem por necessidade, como o suor.
Chorar, ao contrário do que diz muitas sociedades machistas (inclusive a nossa), chorar não é coisa só de mulher. Homem também chora!! Alguns morrem de vergonha de chorar na frente de alguém, outros morrem de vergonha de assumir que choram, outros são desprendido de preconceitos: “Não choro frequentemente, nem tenho vergonha de chorar na frente de outras pessoas, mas quando isso acontece, geralmente é porque estou muito triste ou quando estou arrependido de algo e esse ato (de chorar) – sem dúvida – independe de sexo”, afirma Carlos Lacerda, 22, universitário.
Na música, o choro, é muito apreciado em barzinhos e nos chamados nos locais “cult”. São bandas instrumentais, com flauta, bandolim e cavaquinho, violões e até pandeiro e é considerada a primeira música popular urbana típica do Brasil, surgiu provavelmente em meados de 1870, no Rio de Janeiro e, ao contrário do que sugere a intitulação, é alegre e prazeroso de ouvir.
Não importa qual seja o motivo do choro, nem quais são as conseqüências, o importante é que não se tenha vergonha de fazê-lo, pois que é algo inerente ao homem, enquanto ser sentimental. Que seja de alegria, de preferência, mas se não for que tenha sempre alguém para consolar.

Nasci para chorar
Composição: Dion di Mucci/Erasmo Carlos
Cássia Eller - Nasci para chorar
Eu levo a minha vida chorando pelo mundo
Talvez até tivesse algum desgosto profundo
Procuro na memória, procuro me lembrar
Mas eu não posso
Nasci para chorar
(...)
E ainda continuo a felicidade procurando
Mas sempre solidão e a tristeza encontrando
Às vezes desconfio que a alegria é ilusão
E que o amor, não entra no meu coração


Mais sobre o tema:
Wikipedia;
G1;
A hitória do Chorinho

segunda-feira, 9 de março de 2009

(Má) Educação


O Ministério da Educação brasileiro adota o sistema de progressão continuada para os alunos que reprovariam em matérias nas escolas públicas do Brasil.
Por esse sistema o aluno não mais reprova da forma que o faria antes. Se preferir ele pode optar por fazer avaliações periódicas daquela disciplina até conseguir atingir a média exigida – 6,0 no Rio Grande do Norte – caso contrário ele, o aluno, fica obrigado a prestar essa prova no período seguinte. Se, mesmo assim, o aluno não conseguir a média – aí sim – repetirá aquele ano letivo.
Ao ver de muitos educadores, pais e até mesmo alunos essa é uma forma de reduzir os gastos com a educação pública no Brasil, já que aquele aluno que iria passar pelo menos mais um ano dentro da sala de aula, com todos os gastos para o governo. Na opinião da universitária Adriana Medeiros o governo “tem menos gastos nas instituições públicas (a escola) adiantando a vida escolar do jovem para, desse modo, ter mão-de-obra mais cedo no mercado”. E não só isso, muitas vezes esse aluno é ‘problemático’ dentro da sala de aula, e é uma forma de se livrar dele.
O que se precisa verificar é se esse sistema é eficaz. Não quanto ao tempo em que o aluno fica ‘preso’ à escola, mas o que ele aprendeu de verdade, em quê aquilo será útil no seu dia-a-dia e, principalmente profissional.
De que adianta, por exemplo, um menino dizer que está na quarta série se sua cabeça e aprendizados – imaturos – ainda estão na terceira ou segunda? Foi o que aconteceu em Jundiaí–SP:
“Os pais de um aluno da quarta série do ensino fundamental de uma escola municipal de Jundiaí – SP foram à Justiça pedir sua reprovação. Eles alegam que o aluno recebeu um aprendizado precário e não poderia ser aprovado, como prevê o sistema de progressão continuada.” Reportagem da Folha de São Paulo, 03/10/2007.


Caso extremo como esse pode não ser isolado, mas há quem diga que é um sistema eficaz, que é bom para que o aluno não necessite ficar “repetindo, repetindo, repetindo, como num disco riscado”, até que desista e não mais conclua os estudos, tendo prejuízos profissionais muito maiores.
A maioria dos jovens brasileiros não reclama. Estes preferem passar de qualquer forma a terem de repetir o ano. Isso porque vivemos num país de terceiro mundo que ainda não prioriza a educação como sendo um investimento deveras importante para o desenvolvimento dos demais seguimentos. Nessa disciplina o país está em dependência – ou melhor – progressão continuada.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Aonde vamos parar?

Devo respeitar as diferenças, mas não pude notar com um tom repudiante o que vi neste carnaval, falo em termos musicais. Por onde passei eu ouvia poucas diferenças nas músicas sem letra nem um pingo de conteúdo. Entre elas estava uma música religiosa muito famosa de um padre aí. Vi menininhas rebolando e se requebrando ao som do “Deus está aqui nesse momento, sua presença é real em meu viver” e nesse momento a menininha apontava pras suas genitálias e quebrava até o chão. Ora, isso é música de tocar em carnaval? E que fique claro que não sou religioso, nem um pouco, mas existem limites à moral.
Algumas bandas não saíam do repertório das caixas de som roucas das terras potiguares: Forró do Muído Elétrico, Aviões Elétrico, Banda Grafite, e cada uma pior do que a outra, em se tratando de qualidade musical, letras, etc. Nada contra as bandas, pois acredito que o mercado brasileiro há espaço pra tudo e todos, mas vejamos o que a gente joga no ventilador (mídia), se for perfume cheiroso ficará, se for bosta...

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

O Paradeiro

Engraçadas nossas indignações. Nós falamos que os políticos são corruptos e ainda votamos neles. Falamos que o Brasil está um lixo e nada fazemos para mudá-lo. Nossas crianças estão aprendendo a gostar de coisas erradas e não deixamos de (mal) educá-las.
É algo que nunca termina, sempre com esses pensamentos pequenos, passos pequenos, pequenas evoluções que mais nos atrazam. A grande evolução, a grande revolução precisamos fazer dentro de nós. De dentro é que se muda, de dentro vem a força motriz da revolução.
Dia desses um amigo me falou uma coisa que a priori não aceitei, mas depois de refletir pude entender o que ele havia me falado. Ele me falou (não palavras dele, mas de um cientista de 98 anos) que o ser humano é como um vírus, ele não é dominante no mundo, é parte integrante do mesmo. Como tal usufrui a parte que lhe cabe até o exaurimento. Essa tese no começo choca, mas depois acabo por entender. Nossa tendência capitalista não é mais que um vírus que corrói todo o recurso natural e humano que nos está disponível. E que nós, nem a terra irá suportar esse consumo para sempre. Por mais que sejamos capazes de nos adaptar. Talvez você não concorde com essa tese no momento atual em que você pode, simplesmente, colocar algo no microondas e terá comida sempre disponível, vestimenta de acordo com a necessidade. Quero ver nossos netos ouvindo essa tese e o que pensarão dela e, principalmente, de nós. O que nós fizemos e fazemos pelo mundo ou contra ele. Pense nisso ao comer seu Méquidonaldi+coca.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

SEXTA-FEIRA, 13

A sexta feira treze tem toda uma simbologia, os mais surpersticiosos falam que é um dia de sorte, outros têm medo, outros acham um dia como outro qualquer.

Essa simbologia surgiu com o fato de Jesus Cristo ter sido crucificado em uma sexta-feira e, na sua última ceia, haver 13 pessoas à mesa: ele e os 12 apóstolos. Essa é a idéia mais aceita, mas existem outras lendas sobre a origem dessa crendice como a nórdica: a deusa do amor e da beleza era Friga (que deu origem à palavra friadagr = sexta-feira). Quando as tribos nórdicas e alemãs se converteram ao cristianismo, a lenda transformou Friga em bruxa. Como vingança, ela passou a se reunir todas as sextas com outras 11 bruxas e o demônio. Os 13 ficavam rogando pragas aos humanos.

O número também é motivo de crença de má sorte do número 13 parece ter tido sua origem na Sagrada Escritura. Esse testemunho, porém, é tão arbitrariamente entendido que o mesmo algarismo, em vastas regiões do planeta - até em países cristãos - é estimado como símbolo de boa sorte. O argumento dos otimistas se baseia no fato de que o 13 é um número afim ao 4 (1 + 3 = 4), sendo este símbolo de próspera sorte. Assim, os mexicanos primitivos consideravam o número 13 como algo santo; adoravam, por exemplo, 13 cabras sagradas. A civilização cristã que nos Estados Unidos o número 13 goza de estima, pois 13 eram os Estados que inicialmente constituíam a Federação norte-americana. Além disso, o lema latino da Federação, "E pluribus unum" (de muitos se faz um só), consta de 13 letras; a águia norte-americana está revestida de 13 penas em cada asa.

Vi(r)ver

A poesia retorna, Ela nunca se vai, Nossa alma que se esvai A vida escorre pelos dedos Enquanto te/me perco. Viver cansa Te ver dói D...