quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Vai uma unhazinha aí?


Não, não obrigado, estou parando.
Agora eu percebo que eu não sei cortar as unhas (nem fazer quase nada) com a mão esquerda. Como é que eu percebi aos 22 anos? Cara, eu sou roedor de unha assumido desde que tenho unha e dente. O lance é que estou parando agora e ao ver as unhas crescendo e me dando agonia (e vontade de roer) tenho que cortar o quanto antes, aí já viu né? Minhas unhas estão um desastre, mas pelo menos não estão roídas nem as pessoas me vêem com os dedos na boca, uma atitude julgada como infantil e insegura.

E tenho dito.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Mim sobre mim


Há muito que aprender sobre mim, coisas que ainda não entendo, apesar do tempo passar tão depressa e de me sentir tão velho. Coisas que eu entendo e talvez esteja errado. Coisas que se conflitam e me deixam ser o ser confuso que sou. Coisas que eu preciso aprender e reaprender a lidar.
Agora, por exemplo, a solidão já não me é tão prejudicial como era antes. Olhe o nível do reconhecimento, estou me reconhecendo um ser DEPENDENTE. Sim, sou dependente por demais, preciso que as pessoas estejam do meu lado, me ouvindo, me falando, me cuidando, me dando cuidado. Talvez eu seja egocêntrico, mas isso ainda não descobri se sou.
Essa minha falta de entendimento me deixa impaciente porque já passo dos 20 anos e há tantas coisas que eu já podia ter aprendido com ruindades que me aconteceram, mas não, eu ainda continuo a mesma criança tola, ingênua, atenciosa e carente de sempre. Certas coisas nunca mudam. Será?
                Meus vícios me rondam como mosquitos às lâmpadas. Celular parece que virou uma parte do meu corpo, uma extensão da minha mão. Eu sei que isso é péssimo pra mim, mas pergunta se é fácil ao fumante parar de fumar. Sim, eu queria não precisar de celulares, quebrá-los, não os ter. Ao contrário, compro um novo e fico ansioso pela sua chegada.
                As redes sociais também são perigosas e viciantes, principalmente as instantâneas, não consigo deixá-las em paz, ou elas não me deixam. Não, eu não as deixo, já que elas não me pedem para ficar. Tantos e quantos perfis bem atualizados, com coisas superficiais que não interessam nem a mim, nem a quem eventualmente lê, se lê.
               
Tô com uma puta dor no meu pé esquerdo e não sei o que é, nem de onde veio.

                O sexo, esse eu não sei se posso considerar vício. Não, nem é. Mas é bom. Principalmente na estabilidade de um relacionamento, coisa me causa abstinência (não seria uma palavra muito forte? Ah, foda-se. Ou não, no caso). É sério, não ria. Não é com vocês não, é com a voz que fica na minha cabeça, o que chamam de contra-senso. Eu não sou louco (eu acho), mas tem uma voz (e é a minha mesmo) que fala comigo e eu a ouço zombar dos meus atos e do que minha boca (ou meus dedos) falou.
                Mudemos de assunto, to vermelho. Que legal que eu aproveite essa noite de domingo sozinho em casa para estar comigo mesmo, sem televisão, internet, rádio, celulares, amigos, sexos, livros. Não sei se é por causa do estranhamento que eu estou sentindo (estou acostumado a ter muitas pessoas aqui no domingo, falando que já não agüenta Faustão ou comentando do Fantástico), hoje sou eu, a música clássica, o incenso de canela e o Word (meu santo corretor de erros).
                Puta merda, será que eu nunca vou parar de roer unha? Não há coisa mais chata, mas eu NÃO CONSIGO PARAR! Eu e meus vícios. Se existe vidas passadas eu fui um rato ou qualquer outro roedor.
                “Para de escrever baboseiras que ninguém precisa saber de você e se concentra no mestrado, se é isso mesmo o que tu sonhas”. A minha voz mental repete enquanto a outra vai tecendo coisas sobre mim que eu mesmo vou conhecendo, junto a você que está lendo. Porra, até a auto-reflexão eu tenho que fazer com mais alguém (“que alguém? Essa porra ninguém lê mesmo” a outra voz pensa. Que ótimo”). Sou mesmo são?
O engraçado é que o tempo passa e sempre há mais perguntas do que respostas para mim e eu sempre me acomodo com a falta de respostas. Como eu sou acomodado, isso me dá nos nervos. Quem acompanha minhas escritas a mais tempo sabe que mais pergunto que respondo.
Tá bom, já chega. Consegui ter mais sono do que vontade de permanecer acordado, já não preciso me expor tanto assim. Vou dormir, boa noite.

Porra, termino ao som da Marcha Fúnebre, do Chopin =S
Na verdade nem sei se quero parar de escrever. Logo agora que eu ia falar de como estou sem inspiração para escrever e que esse problema nem é atual. Logo agora que eu ia falar do amor inacabado, do relacionamento rompido, das saudades eternas. Enfim, mesmo sendo uma pessoa tão indecisa, eu estou decidido a ir. Boa noite.
PS: Se você conseguir me entender, por favor, me explica de forma mais simples pra eu entender também, ok?

Vi(r)ver

A poesia retorna, Ela nunca se vai, Nossa alma que se esvai A vida escorre pelos dedos Enquanto te/me perco. Viver cansa Te ver dói D...