domingo, 13 de maio de 2012

Janela ao sol. Estico o pescoço com dificuldades e olho para fora. Pessoas apressadas, buzinas, olhares fugidios.
Ouço vozes, muitas. Desconexas, sem fim nem começo.
Sinto cheiros estranhos. Não há mais o que se provar. Não há mais gostos, apenas releituras bizarras. Fedor.
Os toques são sempre involuntários. Esbarros. Ninguém teve a intenção. O emaranhado das relações parece mais novelos de lã embaraçados. Ninguém sabe onde tudo começa.
Estou cansado, minha vista dói. Não suporto mais essa confusão.
Encolho o pescoço, fecho a janela, olho para o quarto. O espelho no fundo revela-me. Descubro, então, que eu estava dentro de mim.   

terça-feira, 1 de maio de 2012

Diálogo matutino



Ele: triiiiim
Eu: Só mais cinco minutos.
Ele: triiiim, triiim.
Eu: De novo? Deixe-me dormir!
Ele: Acorda vagabundo!
Eu: Vagabundo é a sua mãe, tô com sono, me deixa dormir vai.
Ele: Bora, levanta, vou tocar até você acordar.
Eu: Hoje é feriado e eu fui dormir às 3h ontem.
Ele: E daí? Também não pedi pra ser fabricado.
Eu: Vai tomar no cu!
Ele: Tomar no cu vai você se não levantar em cinco minutos. Já vai dar 7h FDP!!!!! Levanta senão arranco-lhe os tímpanos!
Eu jogo-o na parede
Ele: TRIIIIIMMM!!!!
Eu: ¬¬

Vi(r)ver

A poesia retorna, Ela nunca se vai, Nossa alma que se esvai A vida escorre pelos dedos Enquanto te/me perco. Viver cansa Te ver dói D...