Eu, você, nós, sozinhos
Três patetas perdidos
em um ninho
Rabisco e as letras
Me levam a caminhos que nunca passeei
O mar, o lar, o ar
Essas essencialidades imperceptíveis,
imprescindíveis.
Versos, lasanhas,
chocolate de amargar.
Trivialidades difíceis
de se juntar
Junto e faço delas o meu arsenal
Meu punhado de existência,
Meu samba, meu verso,
Meu eu, meu seu.
Meus nós...
Esse meu, que é tão seu
quanto nosso.
Nos fala, nos diz a que
veio e tão logo se vai.
E nesse curto momento
que revisito fotos antigas.
Percebo que tempos
bons não voltam mais,
Roubando nossa fé e a
velha paz.
Enfim me debruço emudecido
E ouço o som,
Ele me basta...
Nos basta. Basta de
clamares, o tempo não volta.
Voltemos ao princípio
para ver como tudo terminou.
Charles Marques; Leonardo Figueiredo; Pablo Vieira