Não é que determinada música não é boa o bastante pra gente, é a gente
que não está pronto para a música. Falo isso para músicas de qualidade, por
favor. Pois não estarei pronto nunca para uns Luan Santana ou Michel Teló da
vida.
Percebi isso ao ver que eu tinha há mais de dois anos um álbum da Florence
e The Machine (uma pessoa do meu passado, que já me deu unfollow há tempos, me
passou e eu apenas guardei), hoje eu ouço e gosto o que antes eu só lavei, passei,
dobrei e guardei nas minhas pastas (a propósito essa pasta estava um mp4 que
nem sonhava mais em usar, desde 2007). O mesmo aconteceu com Adele que hoje pra
mim é a diva do meu mp-qualquer-coisa,
antes não passava de uma música chata que minha irmã gritava: “first love”. Não
é questão de pre-con-cei-to musical, talvez falta de amadurecimento
mesmo, ou simplesmente não tinha chegado minha hora de ouvir essas letras.
Ok, hoje eu aprendi que não se joga música boa fora. Aprendi também que “lejos” é longe em espanhol. E saquei que
eu devo me concentrar mais nas coisas que faço, pois isso é bem difícil pra mim.
E, sim, eu estava fazendo trabalho da pós-graduação e tive que parar porque
essas palavras estava se remexendo nos meus dedos, querendo sair.