segunda-feira, 15 de março de 2010

Sorriso de Monalisa


Assisti ao filme Sorriso de Monalisa outro dia de madrugada, coincidentemente nas vésperas do dia das mulheres. E fazendo uma análise do filme, percebi que a evolução das mulheres na sociedade acontece dia após dia, nunca para, e nunca vai parar.

O filme retrata uma sociedade do pós 2° Guerra Mundial, onde as mulheres ainda vivenciavam o conceito de “donas de casa“, com algumas tentando seriamente a mudança desses conceitos e passando pela dura transição para serem mulheres que estudavam e eram idependentes, como a Katharine Watson (personagem de Julia Roberts). As mesmas que eram duramente repreendidas por tradicionalistas, sendo ainda mal interpretadas por seus comportamentos indiferentes aos pensamentos alheios e inerentes unicamente a suas próprias vidas.

Mulheres daquela época, como a personagem de Kirsten Dunst (Betty Warren), preferiam viver no que a sociedade determinava como o ideal feminino, acaba descobrindo durante o filme que o melhor caminho nem sempre é o que a maioria acredita. A personagem sofre uma evolução muito interessante durante o filme, e uma mudança de comportamento que vai do extremo tradicionalista, até o da mulher que pretende viver independente e trabalhar para a própria vida, e não exclusivamente ao conceito que pre-determinava a quase “servidão” ao marido, lar e filhos.

Essa personagem é o retrato mais importante de todo o filme em minha opinão, é a vivência da interpretação que é feita ao famoso quadro de Leonardo Da Vinci que dá nome ao filme.

- Olha para ela mamãe. Ela está sorrindo, mas ela está feliz? – Betty Warren (Se você observar o quadro “Sorriso de Monalisa” verá que ela sorri, mas olhando os olhos dela você não consegue enchergar um sorriso no rosto, apenas um olhar triste que vislumbra o espectador.)

O quadro é delicadamente citado no filme, mas mostra o que acontecia, e, diga-se de passagem, acontece na vida de muitas mulheres. A vida feita para o casamento perfeito, e para a servidão imbecil (sem eufemismos ne?) ao marido. Até aquele momento histórico não existia os divórcios, inciando então os famosos “desquites”.

O filme é uma crítica aos conceitos distorcidos das sociedades da época com relação à vida das mulheres, feita de maneira delicada e sutil, mas muito inteligente. Vale a pena assistir, o que na minha opinião é um daqueles filmes que você assiste incansávelmente sem enjoar!

Bem, feliz dia internacional da mulher para todas nós!

Temos o nosso valor e isso nunca será negado diante de qualquer machão que acha que trabalhar, bonita, perfumada e disposta em cima de um salto alto é fácil!

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2 comentários:

  1. Muitas vezes sorrimos para fora, sem sorrir de dentro.

    Aê Lilaa, voltando ao blog heim!? Seja bem voltada =P
    bj

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  2. PS: ainda não vi esse filme, acredita? Se tu tiver me empresta depois?

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DEUS LHE PAGUE!!!

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